terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Cães e crianças: o mesmo tratamento!

Imagem encontrada aqui.

Documentos que sistematizam os valores éticos fundamentais de abrangência universal (como a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Declaração Universal dos Direitos da Criança), não tendo mais do que a força das palavras, têm a força da palavras. Países, nações, estados, regiões que reconhecem as palavras integram-nas na sua legislação.

Em Portugal, a começar pela Constituição da República Portuguesa, toda a legislação, sendo, necessariamente, fundada nela, reflecte tais valores. Temos, portanto, a garantia da Lei. Ao vermos os muitos atropelos que a Lei sofre, podemos duvidar da sua eficácia, mas não nos podemos esquecer que ela é, para o melhor e para o pior, usada por pessoas.

Foi precisamente com base na Lei (de modo mais concreto, na legislação que protege os direitos básicos das pessoas e, em especial, das crianças), usada da melhor maneira, um conjunto de entidades com responsabilidade na protecção de menores ("Entidade Reguladora da Comunicação Social", "Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens", "Ordem dos Psicólogos", "Instituto de Apoio à Criança" e "Unicef ") pôde, em função de queixas que lhe chegaram, pronunciar-se sobre um daqueles pacotes-programas de televisão que começou a ser passado num canal português generalista.

Esse programa, um reality show intitulado "Super Nanny", tem por base a mesma ideia de programas de condicionamento de cães, que se traduz-se no seguinte: se há um cão ou criança cujo comportamento os donos ou pais não conseguem controlar, candidatam-se a serem ensinados a fazer isso por um treinador ou, neste caso, por uma psicóloga.

Frisam as mencionadas entidades que o programa atenta contra o superior interesse da criança, o seu direito à imagem e de reserva da vida privada e intíma. Frisam também que os pais deveriam ser os primeiros a proteger esses direitos.

As mesmas advertências têm surgido em vários dos países em que o programa tem sido feito (Reino Unido, Alemanha, Espanha, França, Suécia) sendo objecto de atenção por parte do Comité dos Direitos da Criança das Nações Unidas.

Mais informações aqui, aqui, aqui e aqui.

2 comentários:

Cisfranco disse...

Para mim o programa teria a nota máxima se tivesse sido acautelada a privacidade da criança (a completa privacidade que passa também pela privacidade da mãe e avó). A SIC tinha obrigação de saber isso... Aparte essa grande falha, o programa teve muito interesse. Não há bela sem senão... Vamos ver como a equipa produtora corrige o erro nas próximas edições, perante a avalanche de críticas que desencadeou.

Anónimo disse...

Se o assunto é pedofilia, Agenda de desumanização, tráfico de crianças e humano em geral, com especial foco sobre o tráfico de órgãos e práticas satânicas, que sustentam a pirâmide do Poder do actual Sistema Internacional, então, se querem realmente falar de coisas sérias, este é o melhor convidado para isso. Se esperarmos pelas instituições do costume nunca o ouvirão ao vivo e continuarão distraídos a discutir tretas como o dito "reality show", um minúsculo sintoma de uma grande doença planetária. O ex-espião da CIA que prova como a espionagem não funciona, foi no ano passado recomendado para o Nobel da Paz, as suas palestras marcaram todo o ano de 2017. A sua busca de vida e o seu trabalho provam que é a pessoa certa para criar uma agência internacional "Open Source Agency", o seu lema é "the truth at any cost lowers all other costs":

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