quinta-feira, 29 de março de 2007

O PROGRESSO DA AVIAÇÃO


Em Setembro de 1956 a IBM lançou o primeiro computador com um disco duro: o 305 RAMAC. O disco, que armazenava cinco megabytes, pesava mais de uma tonelada! Para o transportar era preciso um avião de carga. Hoje em dia há portáteis com discos de 50 gigabytes (dez mil vezes mais) e que só pesam poucos gramas (dez mil vezes menos). Levamo-la na mão numa viagem de avião.

O mais curioso é que, em comparação, o avião está praticamente na mesma. Não progrediu quase nada!

11 comentários:

Luís Bonifácio disse...

Antes pelo contrário, progrediu e muito.
Em 1956 ainda não havia 707, as viagens faziam-se no Super-constelation.
Por outro lado a evolução do avião tomou outro sentido.

Já viu o que seria a meio de uma viagem transatlantica, o piloto dizer "O avião encravou, vamos todos sair e voltar a entrar"

JoaoMiranda disse...

Os limites físicos de uma coisa e de outra são totalmente diferentes.

Vasco Pontes disse...

...pois. mas "a" grama é que não pode ser

Carlos Fiolhais disse...

Meus caros:
Obrigado pela indicação da gralha, já emendei!
Quanto ao resto: tudo é relativo. Claro que os computadores mudaram os aviões. O título (irónico) remete para o diferente ritmo de evolução das tecnologias. Como já alguém disse,
se a indústria automóvel tivesse
evoluído como a indústria informática,
hoje andaríamos de Ferrari pelo preço de uma bicicleta!

JSA disse...

Não é bem assim. Não podemos comparar a evolução da aviação de 1956 a 2007 com a dos computadores no mesmo período. Uma comparação mais adequada seria talvez entre 1913 e 1963 para o avião e 1956 e 2006 para o computador. Aí sim, veríamos progressos substanciais. A grande diferença está no facto de os computadores poderem ser hoje pessoais e os aviões não o serem. Ainda assim, há coisas que não são à partida comparáveis, pela escala.

Anónimo disse...

Tenho a impressão que isto é um blog de académicos fechados nas suas universidades e que nunca tiveram um emprego a sério.

Comparar o incomparável (como é o caso dos ritmos de evolução de diferentes tecnologias) é típico de quem vive nesta situação.

Só falta mesmo um post do género: “Se as rosas cheiram melhor que as couves, então a sopa de rosas deve saber melhor que a sopa de couves”.

Anónimo disse...

Não foi em 1969 que um "avião" chegou à Lua? Ou só por ter mudado de nome, já não conta?

rui f. disse...

Se a vossa curiosidade for tanta vejam algumas referências acerca do novo Airbus A380 em

http://aliastu.blogspot.com

post : A380 chegou a Washington DC

Luís Bonifácio disse...

Se a indústria automóvel tivesse evoluido como os computadores efectivamente comprariamos um Ferrari pelo preço de uma bicicleta, mas por outro lado esse Ferrari encravaria várias vezes por semana, subitamente passaria de 200 para 10 km/h sem razão aparente, com a particularidade que muito dificilmente a reparação consistir em o condutor sair e voltar a entrar.

Manel disse...

A ironia não foi em vão, Carlos. Eu cá fartei-me de rir com a última frase do post. For all that's worth... ;)

Carlos Fiolhais disse...

Boa! Ainda bem que alguém entende
uma ironia. Julgo que a inteligência também é isso...
Também me ri com a ironia do Luís
Bonifácio.
E concordo que se pode chamar avião
quando o veículo se sobe mais alto... (no meu 1º post deste blog juntava o avião e a nave espacial).
Quanto a comparar o incomparável, os cientistas fazem isso todos os dias no seu trabalho. Um dos meus
trabalhos mais interessantes consistiu em comparar
a cisão nuclear com a cisão molecular, que é a uma escala cem mil vezes maior.
Acho um assunto interessante a
comparação de tecnologias e do
seu ritmo da sua evolução (incluindo a sua apropriação pela
sociedade). Aliás, há vários estudos sobre a comparação da evolução tecnológica com a evolução natural (ambas usam o "trial and error", por exemplo). Coisas incomparáveis, poderão dizer...

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